sábado, 17 de dezembro de 2016

Como deve ser

Então, voltei pra Lisboa. Viva! Depois de três anos longe de terras portuguesas cá estou eu novamente. Cheguei assim ainda meio descrente de onde eu estava e que eu havia conseguido. Do carro observava as ruas com a brisa fria da janela ainda aberta batendo no meu rosto. Filmava as pessoas e cada detalhe das ruas. Continuei deslocado até o dia seguinte. Acordei com meu boy do mesmo jeito que costumava acordar da última vez que estive por aqui, sendo feliz e sabendo disso. É bom estar novamente com alguém que você não quer dizer good bye. E agora tenho meio que esse sentimento de que nunca fui embora daqui e que os últimos três anos foram apenas um arranhão na matrix.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Um dia volto a Lisboa

Há uns anos atrás quando comecei minha imersão na blogosfera conheci um blog português muito legalzin. Nesse blog haviam frases que eram meio que sonhos ou promessas de mudança estilo "Um dia fugimos daqui", "Um dia seremos felizes", "Um dia encontrarei o grande amor da minha vida"...algumas dessas frases eram seguidas por um surpreso "Hoje é o grande dia" e eu achava maravilhoso quando isso acontecia. Tentei reencontrar esse blog hoje tanto por aqui, quanto pelo facebook, mas não sei se ele ainda existe então esse é um post C.S.I. pra quem passar por aqui e puder dar esse help. Não quero dar nenhum spoiler, nem nada que estrague a história, mas vou deixando algumas pistas, algumas migalhas espalhadas pelo chão e o que tenho pra dizer hoje é "Amanhã é o grande dia".

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Daqui a uma semana

Ele deve ter visto meu perfil no manhunt hoje. Até a semana que vem não vou dar minhas caras lá e ele deve ficar vendo outros perfis enquanto imagina se eu vou responder ou não. Daqui a uma semana eu vou entrar no manhunt, vou responder sua mensagem e trocaremos contato. Ele vai me pedir pra ligar a webcam pra gente se vê e eu vou topar. Daqui a uma semana ele vai me ligar e a gente vai se falar, comigo sussurrando no telefone com medo de alguém me escutar. Daqui a uma semana a gente vai marcar de se encontrar na Marquês de Pombal. Vai tá chovendo nesse dia e eu vou chegar mais cedo que o combinado. Ele vai chegar de táxi, abrir a porta e me chamar pra entrar. Daqui a uma semana a gente vai descer do táxi no Príncipe Real. A gente vai comparar nossas alturas e assim como quem não quer nada eu vou olhar pra ele enquanto a gente anda sem que ele saiba de nada. Daqui a uma semana a gente vai pro Finalmente. A gente vai dançar um pouco afastado um de frente pro outro e eu vou me perguntar quando algo vai acontecer. Daqui a uma semana o DJ vai colocar We Are Young pra tocar e eu vou saber que é a hora de me aproximar. Daqui a uma semana a gente vai dá nosso primeiro beijo. Daqui a uma semana eu vou pra casa dele, a gente vai dormir junto e pela primeira e talvez única vez eu não vou querer ir embora do lado de alguém.

sábado, 12 de novembro de 2016

Vida que segue

Eu estava meio assim, meio assado, caminhando com minhas mãos nos meus bolsos e olhando para todos os lados, não que eu estivesse a procura de algo ou que algo estivesse a minha procura, eu estava fazendo o que eu fazia. Sei que havia a necessidade de que algo me interrompesse naquele momento e então eu olhei para baixo e vi aquele enorme buraco, foi ai que eu comecei a cair. Enquanto caia eu gritava e tentava me segurar nas paredes daquele vazio no qual eu me afundava, mas não havia nada além daquelas paredes escuras. Todas minhas tentativas de encontrar algo no qual eu pudesse me agarrar falhavam e então eu afundava. Até que senti a pancada do meu cóccix tocando no chão. Enquanto eu levantava, ainda tentava compreender onde eu estava, foi ai que comecei a ouvir uma voz feminina falando algo em espanhol e o barulho dos trilhos que só aumentavam. Olhei para trás e vi aqueles dois faróis vindo em minha direção, minha reação instintiva foi correr. Corri até que o trem me alcançou. Tudo ficou branco, então cobri os meus olhos até que a luz foi se esvairando e quando tirei as mãos do meu rosto eu estava de novo ali meio assim, meio assado, caminhando com minhas mãos nos meus bolsos e olhando para todos os lados, não que eu estivesse a procura de algo ou que algo estivesse a minha procura, eu estava fazendo o que eu fazia. Sei que havia a necessidade de que algo me interrompesse naquele momento e então eu olhei para baixo e vi aquele enorme buraco, foi ai que eu comecei a cair.