sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Tem beijo gay na Novela das 8




O ano é dois mil e doze o mês é das bruxas e os brasileiros esperam ansiosos pelo último capitulo da novela das oito que já chegou a render sessenta pontos de audiência a Rede Globo de Televisão, acusada de ser o ópio do povo do Brasil. Cientistas já cogitaram a possibilidade de um apagão assim que a novela terminar, senhores e senhoras seria uma rampa de carga épica! 

O mais incrível é que ninguém (estou generalizando) gosta de novela, mas todo mundo (estou generalizando, novamente) assiste. Não tem nada demais em assistir a novela das oito, não tem nada demais principalmente em gostar de assistir a novela das oito. 

Em setembro desse ano tive a oportunidade de acompanhar um dialogo com Odilon Rocha, escritor e diretor do filme A Novela das 8. Durante esse encontro o Odilon comentou que a teledramaturgia é o grande fenômeno brasileiro, porque fala diariamente com o público. Esqueça futebol e carnaval, ele disse – claro que concordei, aliás os meninos do vôlei têm feito muito mais por merecer, obrigado.

O filme A Novela das 8 presta uma homenagem à teledramaturgia brasileira e remete o público ao ano de 1978, tempos de ditadura militar no Brasil e de grande sucesso da novela Dancin’days de Gilberto Braga, transmitida pela Globo assim como a querida Avenida Brasil. Enquanto a novela influenciava o comportamento e o pensamento da massa, outros lutavam e morriam pelo fim da ditadura. De um lado a tensão política do outro Dancin’ days levando a ideia de liberdade para os brasileiros: “Abra suas asas, solte suas feras”.

O ponto é que a teledramaturgia se tornou algo integrante da cultura e da história do Brasil e devemos sentir orgulho pela qualidade de nossas telenovelas mundialmente conhecidas. Ao invés de condená-las e crucificar quem as assiste, devemos passar a analisar a sociedade brasileira e criticá-la através do que temos visto nas novelas pois além do enredo repleto de artifícios lúdicos as novelas carregam também uma série de paradigmas políticos/sociais que merecem nossa real atenção – principalmente os personagens mais caricatos. 

Ocasionalmente, na semana de estreia do filme do Odilon ocorriam grandes manifestações em prol do acesso aos arquivos da ditadura do Brasil. O filme foi parar em alguns tabloides nessa semana, mas curiosamente nenhum jornalista fez a ligação entre os protestos que estavam ocorrendo e o filme, as manchetes apenas diziam que tinha beijo gay na Novela das 8.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

sábado, 13 de outubro de 2012

Morfeu conhece os segredos de Moros


enquanto dormia
Estava sonhando
mas a gente nunca sonha só
Aqueles personagens e falas
Foram dias que vivemos
esta noite

os personagens estão a espera
fica nosso primeiro encontro marcado
para as dez e vinte e três ou perto disso
da manhã de sábado

nos encontraremos
em uma esquina especial
contar que sonhei com você há um tempo
e que não diga há muito tempo atrás.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Francesa violadora de Verônicas


Eu estava a ouvir-te vomitar peripécias e não precisei espremer os neuros pra apontar para a francesa e tu me confirmou que era mesmo ela a que viola Verônicas de todas as cores, tipos e idades nos quartos de motel das saidas da cidade. Não que eu julgue moças pelo tamanho de seus dedos, mas nossa senhora a mão dela faz movimentos mais habilidosos do que o pau de muito pornstar a rebolar gozos em vinhetas de Cadinot. Penso eu que tu se divertiu uns bocados, já estou convencida e é melhor que pares antes que ocorra aqui um acidente e seja eu a violar tua Verônica. Os gajos estão sempre a assobiar quando anda na rua e penso nas perversões que eles tentariam quando descobrissem que gostas também de Verônicas e não só de cacetes. Sabe que esses tipos adoram certas histórias e pediriam para assistir essa pelicula. O que tu acharias disso? Abrir tua anca para a francesa enquanto eles as assiste esfregando suas mãos naquelas varetas. Duas gajas a explorar o terreno uma da outra, lingua nos seios virgens nunca chupados por crianças. Eu não gostaria de passar por uma cena dessas com esses pervertidos, preferia ter o corpo dela em um quarto com uma fluorescente no teto e a gente ouvindo Elvis amarradas com o braço - a sós, sem a platéia masculina a pleitear uma oportunidade de meter-se em algum buraco de bobeira.